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A Mata Atlântica é o quintal dos moradores da Jureia. Trabalhando com a caixeta, uma madeira nativa extraída por manejo florestal, os artesãos locais produziam principalmente peças decorativas. Mas ainda que vivessem rodeados pela exuberância da natureza, as inspirações para o seu artesanato nem sempre vinham da Estação Ecológica: a partir de moldes e desenhos prontos, os artesãos costumavam esculpir peixes que os pescadores da região nunca pegaram em suas redes. Além de flores que não brotavam naqueles jardins. Cobertos de cores, os produtos eram pintados com tinta plástica. Além de esconder a textura natural da matéria-prima, o acabamento lascava com facilidade na estocagem, ocasionando várias perdas para a associação.

 

Em 2012, convidadas pelo Instituto Elos, Paula Dib e Renata Mendes observaram atentamente o modo de fazer dos artesãos da Jureia. A partir deste encontro, as designers sugeriram novas possibilidades, entre utensílios domésticos, artigos de decoração e brinquedos, que ampliaram e diversificaram a linha de produtos. A fauna e a flora local deixaram de ser apenas paisagem, e pularam para dentro do catálogo da associação. Além disso, pigmentos à base de água acentuaram a beleza dos veios da caixeta. Mais integradas ao seu entorno, as peças revelaram novamente suas camadas mais profundas, entre elas, a identidade caiçara. E o valor intrínseco que o artesanato da Jureia tem por natureza.

/// equipe

 

 

DESIGNERS

Paula Dib

Renata Mendes

 

 

[Ano de realização: 2012]

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